Semana Especial Divergente: Verônica Roth parte 2
Essa entrevista faz parte do livro “The World of Veronica’s Roth Divergent Series”, ele é um extra que vem com a compra do box de Divergente e eu traduzi algumas partes para vocês, espero que gostem.
Entrevistador: Porque você acha que as pessoas são naturalmente atraídas a ler livros distópicos?
Veronica: Existem muitas rosões. Eu tenho certeza, mas eu acho que livros distópicos são perfeitos para pessoas que gostam de perguntar “E se?” mas gostariam de ver essas suas perguntas funcionando em um mundo como o nosso. Também tem alguma coisa extremamente interessante sobre olhar pro mundo agora, e imaginar os próximos passos. É imaginário, mas ainda sim plantado no mundo real. Eu também amo que a maioria dos personagens em uma distopia tomam o controle das suas vidas em lugares em que é muito difícil fazer isso, e eu amo ler sobre personagens fortes como esses.
E: De onde a ideia para Divergente veio?
V: No tempo que eu tive a ideia pra divergente eu estava estudando sobre exposição no tratamento de fobias. Esse tratamento consiste em confrontar a pessoas com os estímulos que as assustam de forma repetida, em um local seguro, até que a mente dela se acostume e não tenha mais medo. É dai que o processo de iniciação da Audácia surgiu – Eu queria escrever sobre uma subcultura com pessoas que querem erradicar o medo, e terapia de exposição é o que eles fariam para alcançar isso. […] Mas realmente o que me fez escrever foi um dia quando eu estava dirigindo para algum lugar e ouvindo uma musica e eu simplesmente imaginei uma pessoa pulando de um prédio, mas não como um suicídio. E eu me perguntei porque alguém faria isso, e a terapia de exposição foi a resposta. Nesse momento que a Audácia nasceu.
E: Como e porque você começou a escrever? E o que te inspira?
V: Eu estudei escrita criativa na universidade porque isso era a unica coisa que eu amava o suficiente para fazer o tempo todo. Mas eu comecei a escrever porque eu decidi que estava muito velha para brincar de “faz de conta” no quintal. Então eu descobri que podia criar esses mundos imaginários no papel. Acho que eu estava na quinta série ou sexta quando eu comecei. O que me inspira agora… bom, essa é uma pergunta difícil! Eu tento seguir minha curiosidade. Eu fiz isso com Divergente – eu estava curiosa sobre as fobias e como eles as tratavam. E aprender sobre isso me ajudou a criar a iniciação da Audácia. Ultimamente eu tenho curiosidade sobre a organização das formigas. Eu não tenho a minima ideia de como isso pode virar um livro, mas eu não me preocupo com isso – Eu só aprendo sobre o que me interessa, escrevo sobre, e vejo o que acontece.
E: Como sua infância influenciou na sua escrita?
V: Minha mãe lia para mim todas as noites quando eu era pequena, então essa é provavelmente a fonte do meu amor por livros. E também se eu reclamasse que estava entediada em casa minha mãe dizia “Tédio não é permitido”, então eu acho que pode-se dizer que as regras na minha casa não me deixavam escolha a não ser aprender a ser criativa. Eu lidei bem com isso, costumava brincar no quintal todos os dias e inventar esses cenários e mundos elaborados na minha cabeça, e quando eu fiquei muito grande pro “Faz de conta” eu comecei a escrever tudo ao invés de imaginar.
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