Muita gente surtou ao assistir o filme Old Boy em 2003. Aquela história sobre um homem que passou 12 anos de sua vida trancado em um apartamento e que quando repentinamente é libertado, ele decide ir em busca de vingança. Mas saiba que já existe o mangá desde 1996, e sim, lá Shinichi Gotō, protagonista da série, também era surtado.

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Normalmente não sou um grande fã de mangás. Sempre fico confuso com esse lance da leitura invertida resultante da conversão do japonês para o português nessas mídias, mas  Old Boy é um texto que me fez rever isso e talvez eu tente  ler Akira, ao invés de apenas ver o filme como sempre faço.
Um dos grandes méritos do texto de Old Boy está nas características absurdas dos diálogos e da narrativa. Sei que é comum mangás apelarem para situações completamente “fora da caixa” para chegar a pontos de vista ou lições filosóficas diversas, mas Old Boy atravessa essa loucura como uma espada (ou um martelo).200px-Oldboymanga
O responsável pela maluquice na certa é o roteirista Garon Tsuchiya com esse trabalho aborda o ciclo que é uma vingança de forma tão despirocada e violenta, que é como toda revanche deve ser.
Em um roteiro que não enche linguiça com coisas desnecessárias, Old Boy me ganhou por apresentar um novo olhar sobre o personagem principal Shinichi Gotō, que é melhor explorado nos oito volumes de mangá que no filme de 2008. Não estou esculhambando o filme, ainda acho uma versão incrível da história, mas por conter 8 volumes, o mangá consegue explorar algumas coisas que seriam impossíveis na tela.
É uma leitura interessante para quem quer entrar em novas leituras e pensar um pouco a respeito das consequências de nossas pequenas maldades diárias.

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