Olá, corujinhas de plantão.
Tudo certo com vocês?
Mais um resenha aqui dessa vez de um livro que li há cerca de 1 mês e que com certeza irá cativar os amantes do gênero alta fantasia. É uma obra peculiar, que nos obriga a pensar em muitos aspectos e paralelos com culturas e folclores diferentes do nosso cotidiano.

Trecho do livro:
“Eu estive observando o céuCAPA-O-gigante-enterrado”, digo. “Essa chuva vai passar logo, e a noite vai ser de tempo bom. Então, se os senhores quiserem que eu os leve de barco até a ilha, será um prazer.” “Eu não falei, Axl?” “Então o senhor é um barqueiro?”, o velho pergunta de um jeito solene. “E por acaso já nos vimos em algum lugar antes?” “Sim, sou um barqueiro”, respondo. “Infelizmente, não sei dizer se já nos vimos antes, pois sou obrigado a trabalhar muitas horas por dia e a transportar tantas pessoas que não consigo me lembrar de todas elas.”
(página 242)
O casal de idosos Axl e Beatrice vive em um vilarejo em um período pós Rei Artur, onde as casas não são tradicionais e, sim, construídas dentro de grandes árvores e em cada uma delas vivem várias famílias, cada uma em um humilde cômodo. Não existem cidades grandes, mas sim uma série de vilarejos relativamente próximos um do outro.
Como todo vilarejo tinham crianças, trabalhadores rurais, padre, idosos e alguns forasteiros que apareciam raramente. Mas existia algo fora do normal naquele lugar, as pessoas se esqueciam de detalhes importantes de suas próprias vidas, como se uma névoa encobrisse seus pensamentos e as desavenças ou preocupações eram deixadas em segundo plano até serem esquecidas.
A maioria dos habitantes mostra que não se importa com essa amnésia seletiva, parece até que preferem viver assim. No entanto, Axl se diferencia dos demais assim como sua esposa e tem uma lembrança persistente de que já teve um filho. Só que onde está esse filho? Ele mora no vilarejo vizinho ou não? Após muito pensar concluem que devem seguir atrás dele e descobrir como está esse filho do qual nem lembram o rosto.
E a partir dessa decisão vão embarcar em uma viagem cheia de perigos com ogros, dragões, guerreiros bons e maus e um barqueiro que é uma das peças mais importantes da obra ao meu ver. Inicialmente, entende-se que a viagem será breve, mas acaba se estendendo muito mais do que o previsto quando são destinados a salvar um garoto chamado Edwin feito refém por um pequeno vilarejo e com a ajuda de um guerreiro Wistar vão viajar juntos por grande parte do percurso.
O que era um simples objetivo: chegar a aldeia do filho, acaba tomando proporções ainda maiores e eles vão ter o amor deles posto a prova a cada instante, mas principalmente quando chegar o momento de conversarem com o barqueiro.
Será que o amor deles será forte o bastante para suportar toda a viagem? Será que o peso da verdade que estava encoberta pela névoa virá à tona destruindo qualquer sentimento bom? No momento certo o barqueiro fará as perguntas, resta saber se as respostas dadas pelo casal serão as corretas.
Posso garantir a vocês que é uma história construída a cada desventura de cada personagem, estes vivenciam as mesmas dificuldades e questionamentos. É repleto de metáforas e toques sutis sobre a vida, o perdão e o amor.
Corujas, essa é só a resenha de O Gigante Enterrado se quiserem saber mais detalhes acessem o Book Talk do livro no vídeo abaixo do Canal Borogodó Literário.
Até breve!
Beijinhos.
Att,
BlogCorujaPaty

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