Olá gente!!

O post de hoje é para conhecermos um pouco mais do autor Neal Shusterman, responsável pela série Fragmentados e mais recentemente pelo sucesso O Ceifador. Vem conhecer mais sobre o autor e também sobre o mundo de O Ceifador.



Neal Shusterman nasceu no Brooklyn, em Nova Iorque em 1962. Sempre um ávido leitor, Neal e sua família se mudaram para a Cidade do México quando ele tinha 16 anos, em entrevista o autor já destacou a importância dessa mudança em sua vida, segundo ele, a experiência internacional lhe deu uma nova perspectiva do mundo, e uma confiança que ele não teria de outra forma.

Já de volta aos Estados Unidos, o autor se formou na Universidade da Califórnia, em psicologia e teatro. Durante os anos na faculdade, Neal escreveu uma coluna de humor no jornal da faculdade. Depois que terminou os estudos, ele trabalhou como assistente em uma agência de talentos em Los Angeles, e foi lá que conheceu Lloyd Segan, que se tornou seu agente. 

Mais ou menos um ano depois, Shusterman já tinha seu primeiro contrato de publicação pronto e também um trabalho como roteirista. Desde então ele ganhou diversos prêmios por seus livros e também por roteiros que escreveu. Foi o escritor do filme da Disney "Pixel: A Garota Perfeita" e também escreveu episódios para a série "Goosebumps". Seu livro O Ceifador e também o premiado Challenger Deep estão sendo adaptados para o cinema. 

Como é de costume da nossa coluna, deixo com vocês alguns trechos de entrevistas do autor, para sabermos um pouco mais sobre ele. 

Como você escreve o enredo perfeito? Tem algum tipo de estrutura que você segue quando escreve seus livros? 


O enredo é sempre direcionado pelos seus personagens. Eu tenho uma ideia sobre para onde o enredo está indo e sobre alguns acontecimentos, mas nunca fica igual. Os personagens sempre decidem como tudo acontece, e então eu tenho que repensar algumas coisas baseado nas escolhas dos personagens. Falando sobre uma estrutura, muito da escrita do enredo se torna intuitiva com o tempo. Se a história está começando a parece lenta e morrendo, então eu sei que preciso melhorar o enredo e manter tudo funcionando.

Como você foi descoberto? Quando você finalmente teve um livro publicado, e como isso mudou as coisas pra você?

Meu primeiro livro nunca foi publicado. Nem meu segundo. Meu terceiro - O Clube das Sombras - que vendeu, mais ou menos um ano depois que terminei a faculdade. Esses dois primeiros não foram fracassos, mas eram os primeiros degraus. Eu precisei escrevê-los para me tornar um bom autor e escrever O Clube das Sombras e tudo o que veio depois.

Se você fosse escrever um livro sobre sua vida, como seria o título?
Eu provavelmente colocaria como titulo minha pergunta favorita, feita durante a visita a uma escola. Foi a primeira pergunta do dia, e foi dita com um forte sotaque sulista, o que de alguma forma fez ficar ainda melhor, "Mr. Shusterman, de que planeta você é?"

Como foi a criação do mundo de O Ceifador? Ele surgiu para você completamente formado ou em pequenos pedaços?



Quando construo um mundo, eu sempre o encontro de pedaço em pedaço. Começo com a premissa básica, no cado, "Quais são as consequências reais de um mundo perfeito?" Então eu parei para me perguntar diversos pontos práticos e filosóficos. O que nós queremos em um mundo perfeito? Nada de doenças, sem guerras, sem racismo, sem pobreza ou fome, sem sofrimento, e finalmente sem a morte. Me ocorreu então que, se nós roubássemos a morte da natureza, nós seríamos forçados a ser seu novo distribuidor. E isso é uma grande responsabilidade. Mas quem seria encarregado de controlar a população crescente de imortais? Eu queria jogar contra a escuridão inerente da tarefa, trazendo esses personagens como muito morais, extremamente éticos e iluminados. Basicamente eles são como os Jedi, mas o propósito deles é, com compaixão, acabar com a vida. Eu os chamei de "Ceifadores". Foi por onde comecei, passo a passo, o mundo ao redor deles cresceu. Eu descobri coisas pelo caminho - e eu continuo descobrindo sobre o mundo enquanto trabalho no segundo livro da trilogia.

Esse é um mundo sem doenças, morte ou envelhecimento. Não existe guerra, crime ou pobreza. Mas você classifica o livro como uma distopia ou como uma utopia?

O Ceifador não é uma distopia. Era crucial para mim que esse mundo seria uma utopia, não uma distopia. Era o 'x' do conceito - esse é um mundo perfeito baseado nas nossas concepções de perfeição. Eu queria explorar as consequências do mundo perfeito. Com isso em mente, eu fui contra todos os clichês dos mundos futuristas. Para começar, esse mundo é controlado por uma inteligência artificial. Nos filmes e na literatura, nós fomos condicionados a automaticamente ver isso como uma coisa ruim. Então eu lutei para criar o oposto. A Cumulus-Nimbus é a Nuvem evoluída. É a junção de todo conhecimento humano, sem a arrogância humana. É justa, sábia e completamente incorruptível. É a melhor coisa que nós já criamos. I problema com o mundo dos Ceifadores não é a Cumulus-Nimbus; são os humanos - e a grande pergunta é, uma vez que atingimos um mundo perfeito, onde mais podemos ir? Uma vez que você alcança o apogeu, não tem mais nenhum lugar para ir a não ser para baixo. 

Você pode conferir as entrevistas na íntegra aqui e aqui. Espero que tenham gostado de conhecer mais sobre o autor! Estou super animada para o lançamento do segundo livro da trilogia O Ceifador e mal posso esperar para trazer a resenha aqui para vocês.



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